Nas zonas rurais, a população está a muitos quilómetros de distância dos serviços de saúde no meio rural e sem qualquer transporte para o acesso aos mesmos.
É comum a população caminhar várias horas, vários quilómetros, para chegar a um Centro de Saúde. Os Centros de saúde geridos por ESMABAMA e o apoio dos activistas de saúde, que se deslocam a zonas recônditas para realizar acções de promoção de saúde, vieram trazer uma nova esperança às populações dos distritos de Búzi e Chibabava.
A saúde no meio rural é caracterizada por um reduzido número de centros ou postos de saúde. Os Centros de Saúde de Barada, Estaquinha e Mangunde vieram melhorar a assistência médica e contribuir para saúde de qualidade nestes centros de desenvolvimento e nas comunidades rurais circundantes. Aposta-se num serviço de qualidade pelo que, é comum pessoas de comunidades longínquas e remotas deslocarem-se à estes Centros de Saúde, mesmo que existam outros postos ou centros de saúde mais próximos. Os serviços de saúde pública funcionam numa cogestão entre ESMABAMA e o Estado Moçambicano, que paga os salários de quase 90% dos profissionais de saúde e fornece medicamentos básicos.
ESMABAMA garante o funcionamento dos centros de saúde, com pessoal auxiliar e material de limpeza. É com o apoio dos nossos parceiros, principalmente a Caritas Alemanha, que asseguramos um elevado padrão de qualidade dos medicamentos e equipamentos utilizados no laboratório de saúde e nas maternidades; assim como, assistência alimentar, sobretudo, a doentes crónicos em estado de subnutrição e aos seus filhos.
Os principais serviços disponibilizados são as consultas; testes laboratoriais; vacinação; cuidados pré-natais; maternidade; internamento para tratamentos como tuberculose; transporte de pacientes para outras unidades sanitárias de referência; cuidados domiciliários e encaminhamento aos centros de saúde; apoio psicossocial e acompanhamento de doentes crónicos com o VIH/ SIDA através do programa DREAM, implementado pela Comunidade de Sant’Egídio, com médicos e enfermeiros muito bem capacitados.
O aumento da rede de acesso à água potável, saneamento e higiene são também preocupações constantes para a melhoria das condições de vida e saúde comunitária. Ao longo dos anos, os casos de diarreias agudas diminuíram com o acesso à água potável e sensibilizações realizada pelos activistas. Contudo, as alterações climáticas e a água como um recurso cada vez mais escasso, colocam cada vez mais este progresso em risco.
Activistas de saúde - saúde comunitária
O trabalho dos centros de saúde não termina em Barada, Estaquinha e Mangunde, é realizado um trabalho muito importante nas comunidades rurais envolventes, muitas vezes onde os carros não conseguem chegar, com os activistas de saúde. Os activistas de saúde promovem a saúde comunitária através de sensibilizações das populações para diferentes questões de saúde como a malária, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e fazem acompanhamento de doentes crónicos, sempre em articulação com os centros de saúde. Os activistas são o ponto de comunicação entre profissionais de saúde e paciente. O trabalho dos activistas de saúde garante a diminuição de desistências no tratamento antirretroviral, um sucesso a nível nacional. A sensibilização que estes realizam é também fundamental para combater mitos e crenças tradicionais sobre as doenças.
Cuidados maternos e casas “mãe-espera”
Doentes crónicos - saúde no meio rural
O seguimento dos doentes crónicos com VIH/ SIDA é feito através do programa informático “DREAM”, em parceria com a Comunidade de Sant’Egídio, o que permite evitar desistências no tratamento antirretroviral. A ponte entre os activistas e os Centros de saúde é fundamental para uma taxa de adesão à toma destes medicamentos.
IMPACTO NA SAÚDE
DESAFIOS NA SAÚDE
HISTÓRIAS DE SUCESSO
SAÚDE EM MOÇAMBIQUE