Mutindiri, distrito de Chibabava foi alvo de ataques armados entre 2019 e 2021. 522 famílias perderam entes queridos e todos os pertences. O Governo criou, por isso, campos de reassentamento para estas populações, que experienciaram muita dor e desespero durante cerca de dois anos. Devido à situação de emergência, ESMABAMA junto de parceiros (Caritas Alemanha, Caritas Austria, Kindermissionswerk - Die Sternsinger e Sei So Frei), desenvolveu projectos que consistiram em dar assistência a estas populações vulneráveis, com: a distribuição de produtos de higiene, brigadas móveis de saúde para apoiar idosos e doentes crónicos, a formação de 10 pedreiros locais para construção de lajes para latrinas melhoradas, distribuição de 3 panelas para cada família e de chapas e comueiras (goteiras) para melhoria das casas das famílias mais vulneráveis. Além disso, foi dado apoio na produção agropecuária, ao nível de conhecimentos e insumos agrícolas para o empoderamento económico da população e ajudar a tornar a história dos refugiados parte do passado.

Na sequência do Ciclone Idai, e das cheias que se seguiram, que desalojaram a parte baixa de Begaja, o Governo concedeu um terreno a cada uma das 210 famílias atingidas, naquele que se tornou o campo de reassentamento de Begaja. Uma nova casa, numa zona mais alta e muitas histórias de recuperação de desastres. As famílias daquele centro receberam de ESMABAMA, e parceiros, apoio em alimentação, vestuário, cuidados médicos e kits de sementes para a produção agrícola. O campo de reassentamento de Begaja, é apenas um dos quatro novos campos de reassentamento, próximos a Estaquinha, que se formaram após esta calamidade. Um primeiro apoio em situações de emergência é fundamental para garantir a sobrevivência. Passados alguns anos do Idai, ESMABAMA mantém o seu serviço de proximidade, nomeadamente através dos activistas. O papel dos activistas de saúde, em articulação com o Centro de Saúde de Estaquinha é fundamental para para acompanhar pacientes e famílias em situações vulneráveis.